sábado, 30 de novembro de 2013

Não tenho nada que é meu
E tudo que tenho.
Não gosto
Só sinto um grande adeus
Na mente que arrebentar não posso
Para tirar tua imagem
E projeta-la em minha frente.
Mas falta-me a coragem
Para tirar-te da mente.

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Adeus
Seus olhos que nunca foram
Já não podem olhar nos meus.
A saudade não vai comigo, dispenso
Vai apenas a dor de não ter conseguido
O que, embora relutante, ainda penso.
Mas digo adeus,
Mais nada.
Nem sei se sigo calada,
Nem sei se sigo,
Mas digo
Adeus.


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TRETA!!!: ALTHOUGH LACKING ONE DAY ( versão para o português...

TRETA!!!: ALTHOUGH LACKING ONE DAY ( versão para o português...: Ainda que faltasse um dia E  isso fosse assim como um sol sem cor Ainda sobrariam meus dedos sobre minha guitarra E eu poderia dedil...

domingo, 24 de novembro de 2013

CÃES DE SERRARIA


A noite torce seu rosto
E se apresenta distante
E enquanto eu olho pro moço
Me aparece um gigante
Vestido de verde e rosa
E na orelha diamante
Sentado e todo prosa
Faz de mim seu falante
Ele diz que não consegue
Entender a patifaria
Nem mesmo ele consegue
Entender o que seria
Se ela tivesse lógica
E não tivesse surtado
Mas se ela tivesse lógica
Um dia teria falado?

 

Se ela tivesse falado
A verdade muito óbvia
Óbvio não teria surtado
E por um dedo de prosa
Poderia ter confessado
Que me roubou alguns dias
Em outros tentou roubar
Além do que devia
Mas se fosse confessar
Quem mais nela acreditaria?
Então se põem a ladrar
Feitos cães em serraria
Que cospem o paladar
Porque não conhecem a iguaria.
A calúnia é um ataque
E uma defesa também
Ataca-se ao que não late
E morde-se a quem fez o bem.
Esse moço gigante, então,
Se levante e segue adiante
Beija a minha mão
E vê meus diamantes
Ri com dentes claros
E ri com profusão
Diz-me que não é raro
Quem da mentira faz crença.
Digo-lhe que pelo faro
Sei reconhecer a doença.


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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

TRETA!!!: A MUSA

TRETA!!!: A MUSA: A musa, coitada, Era confusa. Não sei se usa Baby- doll ou babador Ou se tão pouco se utiliza De ler a guiza Meu refrão de sof...

sábado, 9 de novembro de 2013

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

MADEIXA

Eu sou minúscula frente à Montanha. Ainda assim ela ma deixa escalar. Acho que ela gosta de gente pululando em si, gosta do toque em suas escarpas, do afofamento em sua neve que deve ser algo como uma cócega.
Sua seda pura, sua seda em rama tem a alegria da ciranda, das festas com fogueiras ou do fogão das casas rústicas agora substituídos pelos aquecedores.
Seus carvalhos brancos unidos dão-lhe mais força, não que necessária, mas que guardiã. A água que lentamente congela é um prestígio para as manhãs.
E o ar que garante aos meus pulmões a alegria do reencontro com o puro oxigênio, dando-me a liberdade única do que é livre unicamente no mundo: respirar.
Diante  da imensidão que convida é lindo perceber esta palavra de origem primitiva: madeixa. Primitiva como a montanha, vinda de orientes árticos e desde sempre. A meada pequena sou eu, a porção de fios somos todos nós.
Minhas mechas loiras primitivas que agora deixo virem espontaneamente, como a montanha me deixa escalá-la.
Metaxa que nos agasalha com a rama dos carvalhos trançados em seus fios de lã de neve. Com seu frio aglutinando o cenário todo.
Parece uma moça alegre que brinca conosco e ri muito e se alegra demasiado com nossa visita.